sábado, 21 de setembro de 2013

Marina versus Dilma - uma briga boa

Por Damião Gomes


Os estrategistas políticos do governo não têm dormido nestes últimos dias que antecedem a data-limite (5 de outubro próximo) para filiação partidária daqueles que almejam participar da disputa do pleito eleitoral de 2014. O sinal de alerta no Planalto foi acionado com vistas a monitorar os passos da ex-senadora Marina Silva, que está num esforço gigantesco para aprovar junto à Justiça Eleitoral a criação do Rede Sustentabilidade, partido pelo qual pretende concorrer à Presidência da República nas eleições do ano que vem. A ex-petista tem cobrado pressa do Tribunal Superior Eleitoral na análise do processo de criação do novo partido, cuja checagem das assinaturas de eleitores que emprestam apoio a criação da nova sigla partidária tem se dado num ritmo bastante lento, o que pode comprometer seu projeto de se lançar à disputa por esse novo partido, obrigando-a a buscar outras alternativas partidárias, que certamente dificultaria em muito a acomodação daqueles que lhe acompanham e que igualmente tem a pretensão de participar do pleito em vários estados da Federação.

Os principais líderes do PT, à frente o ex-presidente Lula, torcem para que o adversário de Dilma num eventual segundo turno seja o tucano Aécio Neves, que permitiria a reedição da disputa envolvendo dois projetos de governo bastante conhecidos da população brasileira, que na visão desses líderes tenderia a favorecer o projeto petista, numa gangorra entre PT e PSDB que teve início em 1994 com a eleição de Fernando Henrique Cardoso e permanece até os dias atuais com a eleição de Dilma Housseff.

Na análise desses líderes um eventual confronto entre Dilma e Marina poderia tornar a disputa mais acirrada, em face da ex seringueira dispor de um percentual de votos consolidados, que gira em torno de 20 milhões de eleitores tendentes a sufragarem seu nome, segundo atestam alguns institutos de pesquisas, que se somariam, em tese, ao apoio que viria, certamente, de Aécio Neves e seu grupo, no caso do político mineiro não ascender ao segundo escrutínio, em contraponto ao possível apoio do pernambucano Eduardo Campos, do PSB, que tenderia, também em tese, a se unir à Dilma, tornando assim incerto qualquer prognóstico a cerca de quem levaria a melhor. Além da boa performance que Marina ostenta em todas as regiões do país, preocupa enormemente o governo o fato de que a líder acreana representa um modelo novo de gestão com foco na política de meio ambiente e na sustentabilidade.


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