Com a entrada em cena do ex-governador
José Serra, que manifestou esta semana o interesse em disputar a indicação do
seu partido, o PSDB, na corrida à Prefeitura da cidade de São Paulo, nas
eleições de outubro próximo, começa a se desenhar o quadro que estará certamente
polarizando o pleito na maior cidade do Brasil, cujo orçamento supera, em
muito, o da maioria dos estados brasileiros.
Mantendo-se candidato a candidato
até a convenção do partido, que deverá acontecer até junho, Serra deverá sair
vencedor da disputa interna (se é que outros postulantes dentro do PSDB
levariam seus nomes até a convenção), e partiria para a formação de alianças no campo dos
partidos que fazem oposição ao governo da Presidente Dilma Rousseff, bem como
com legendas regionais que já dão sustentação política ao governo Alckmim, no
estado de São Paulo, principalmente com o recém criado PSD, do prefeito Gilberto
Kassab.
Assim sendo, teríamos a eleição
polarizada mais uma vez naquela cidade entre tucanos e petistas, com os
candidatos José Serra e Fernando Haddad se enfrentando numa disputa fraticida
em que estaria em xeque novamente o prestígio político e pessoal do ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva e da Presidente Dilma Rousseff contra a máquina estadual, sob o
domínio do PSDB, e a municipal dirigida pelo prefeito Kassab, do PSD.
Correndo por fora dessa
polarização, estaria o deputado federal Gabriel Chalita, do PMDB, que tem a sua
candidatura estimulada por setores do Governo Federal, com o intuito de ser o
peemedebista o fiel da balança numa eventual disputa em segundo turno,
protagonizada por Serra e Haddad, o que favoreceria, em tese, o candidato do
Partido dos Trabalhadores. Resta conferir se o ex-presidente Lula mantém a mesma força eleitoral com que patrocinou a eleição vitoriosa da presidente Dilma Rousseff, em 2010, estando ele fora do Governo.
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