sábado, 23 de março de 2013

Campos articula apoio do PSDB

Por Damião Gomes



Em recente levantamento realizado pelo Instituto Datafolha, sobre a preferência do eleitorado brasileiro para as eleições presidenciais de 2014, em que a atual ocupante do Palácio do Planalto aparece com 58% de intenção de voto, um fato me chamou a atenção: primeiro, o percentual obtido pela ex-senadora Marina Silva, na casa dos 16%, o que demonstra a consolidação de sua liderança em nível nacional, uma vez que ela se mantém próxima da votação de 20 milhões de votos que tivera em 2010 - fator preponderante para levar a disputa a um segundo turno;  e, em segundo lugar, me causou espanto a performance do candidato a candidato pelo PSDB, senador mineiro Aécio Neves, que aparece na pesquisa com 10% da preferência dos eleitores, cujo partido historicamente apresentou índices mais robustos em períodos que antecedem a escolha de seus candidatos.

Aécio, ao que parece, não estaria conseguindo atrair para seu projeto de se tornar o candidato do PSDB à Presidência da República em 2014, a ala do partido em São Paulo mais afinada com o pensamento do  ex-governador José Serra e com o atual governador Geraldo Alckmin, que, de maneira velada, prefere se unir em torno do nome do governador de Pernambuco Eduardo Campos, do PSB,  que está percorrendo o país em busca de se viabilizar como candidato às eleições presidenciais do ano vindouro. Embora pertencendo a base de sustentação política do governo da presidente Dilma Rousseff, que concorrerá à reeleição, o socialista caminha com desenvoltura no terreno da oposição, liderada pelo PSDB/DEM/PPS. Para se tornar o representante desse agrupamento de partidos, com interesse diverso, o neto de Miguel Arraes vai precisar exercitar toda a sua habilidade política no sentido de atrair para o projeto o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que já abraçou a postulação de Aécio Neves, dentro do PSDB.

Com essa leitura, restaria a candidatura de Marina Silva, que está consolidando a criação de um partido político, denominado Rede, por uma terceira via, que agregaria os insatisfeitos com o atual governo e também os que não seguissem a oposição representada, em tese, pela candidatura de Eduardo Campos. Assim sendo, teríamos uma disputa mais equilibrada do ponto de vista eleitoral, em que o favoritismo que se atribui, hoje, à presidente Dilma Rousseff, poder-se-ia não se manter até a realização do pleito, em outubro de 2014. São conjecturas que só o tempo poderá confirmar ou não. Resta, então, esperar o fim das negociações envolvendo os principais atores da cena política brasileira para sabermos quem vai levar a melhor na montagem do palanque eleitoral.















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