quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

O cerco está se fechando para Lula

Por Damião Gomes

Até quando o povo brasileiro vai conviver de forma leniente com o cinismo patrocinado pela imensa maioria dos que integram a classe política de nosso país, permitindo, de maneira omissa, que estes sanguessugas da República continuem a dilapidar o patrimônio dessa ainda pujante Nação, que mesmo forte já dá sinais de falência na prestação de alguns de seus principais serviços – Saúde, Educação e Segurança.

Com a Operação Lava Jato mais perto de desenrolar esse novelo da corrupção envolvendo a Petrobras e outras estatais brasileiras, além de outros órgãos da administração direta, a força-tarefa encarregada da investigação – composta de integrantes do Ministério Público, da Polícia Federal, Receita Federal, e sob a condução firme do juiz Sergio Moro, a nível de Primeira Instância da Justiça – dar passos cada vez mais largos na direção de quem efetivamente chefiava todo esse esquema criminoso que desviou cifras bilionárias dos cofres públicos, com enormes prejuízos à sociedade brasileira, de modo especial à camada mais carente da população que necessita dos serviços sob responsabilidade do Estado.

Com os depoimentos até agora colhidos entre os presos na Operação Lava Jato, que optaram por fazer delação premiada, e com isto almejam a redução de suas penas numa possível condenação, sendo o principal deles o ex-diretor da  área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, que nessa engrenagem montada para roubar os cofres dessa empresa teve papel preponderante. Nos depoimentos prestados aos procuradores e aos policiais federais – homologados pela justiça -, o senhor Cerveró esmiuçou o modus operandi utilizado pela quadrilha para superfaturar contratos e fazer a partilha da propina, que nas palavras dele, Cerveró, tinham a finalidade primeira de abastecer o caixa do Partido dos Trabalhadores e de políticos pertencentes à base aliada no Congresso Nacional, e na sequência os bolsos de diretores da empresa, dentre estes o próprio Cerveró.

Ex-diretor da área internacional da Petrobras e também ex-diretor financeiro da BR Distribuidora, Nestor Cerveró mencionou à força tarefa da Lava Jato o envolvimento direto do ex-presidente Lula na montagem dessa engrenagem criminosa, que contava com o apoio político dos senadores Renan Calheiros, Fernando Collor e Delcídio do Amaral, este último preso desde novembro nas dependências de um Quartel da Polícia Militar, em Brasília, acusado de obstruir provas no processo do Petrolão. Cerveró detalhou o loteamento da Petrobras e subsidiárias entre esses políticos, feito, segundo ele, pelo ex-presidente Lula, com espaço definido para cada um fazer suas indicações e, em contrapartida, receber propina por eventuais contratos firmados. Segundo Cerveró era condição sine qua non para  permanecer nestes postos exercer a prática criminosa de distribuir propina entre os padrinhos políticos.


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