Desde a volta das eleições
diretas para a Presidência da República, em 1989, não se via um governo ao
final do seu primeiro ano de administração ostentar um índice tão positivo de
aprovação popular como o que se vê agora na gestão da petista Dilma Rousseff.
Com 92% de aprovação, entre os que consideram a administração boa e regular, Dilma
bate um recorde em relação a todos os seus antecessores, considerando o mesmo
período, incluindo-se aí o do ex-presidente Lula, a quem a petista sucedeu e
que deixou a Presidência com alto índice de apoio popular.
Dizia-se que Dilma não
conseguiria imprimir um modelo próprio de gestão na administração federal pelo
fato de ter sido ungida candidata a Presidência da República pelo então
presidente Lula - a quem é atribuída a sua expressiva votação no pleito
presidencial de 2010, e a quem a candidata vitoriosa seguiria
incondicionalmente, em retribuição ao apoio recebido. No entanto, o que se
observa ao final desse primeiro ano de governo é uma gestão que tem o estilo
pessoal da presidente, que tem buscado cada vez mais se afastar de práticas
muitas vezes pouco republicanas, que foram adotadas em gestões anteriores,
incluindo a do ex-presidente Lula.
Nesse período, em que completa
seu primeiro ano de governo, a presidente Dilma Rousseff promoveu a
substituição de seis ministros – cinco deles envolvidos em denúncias de
corrupção -, e se prepara para uma reforma ministerial mais ampla, onde
aproveitaria a oportunidade da saída de alguns auxiliares que têm pretensões de
participar do pleito municipal desse ano, a exemplo de Fernando Haddad, da
educação, que deve concorrer à Prefeitura de São Paulo em outubro, para fazer um
ajuste em toda a equipe de governo, incluindo-se aí a troca de comando em
algumas estatais.
Um governante com capital
político tão robusto pode se dar ao luxo de promover as mudanças que quiser na
sua equipe de governo, sem desprezar, obviamente, a coalizão de forças que já
governa o Brasil há nove anos. E caminha para sacramentar o projeto do PT, que
é o de governar o país por pelo menos 20 anos, conforme projetado pelo maior
líder do partido de todos os tempos, Luís Inácio Lula da Silva. Resta conferir.
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