O
Palácio do Planalto já dar sinais de preocupação com as denúncias divulgadas
pelo jornal O Globo, na última semana, dando conta do recebimento de mais de 2
milhões de reais por consultoria prestada pelo ministro Fernando Pimentel, do
Desenvolvimento Econômico e Comércio Exterior, no período entre 2009 e 2010,
época em que o petista não ocupava cargo público, pois havia concluído o
mandato de prefeito de Belo Horizonte e ainda não era ministro.
A
presidenta Dilma Rousseff, segundo fontes do Planalto, estaria muito preocupada
com as denúncias, em função da onda de escândalos que tem se abatido contra
integrantes do seu governo, que a obrigou a demitir seis Auxiliares em pouco
mais de 11 meses de administração, todos por envolvimento em denúncias de
corrupção. O caso mais recente é o do ex-ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que
teve a sua exoneração recomendada pela Comissão de Ética Pública da Presidência
da República.
Partidos
de oposição, à frente o PSDB, já articulam no Congresso Nacional a possível
convocação do ministro Pimentel para prestar esclarecimentos acerca das
denúncias trazidas a público pela mídia, e refutadas, num primeiro momento,
pelo petista; numa demonstração clara de que a bancada de oposição no Parlamento
não dará trégua ao governo durante o recesso parlamentar que se aproxima.
Ainda
que o tempo conspire a favor de Fernando Pimentel, em face das festas de fim de
ano e do recesso do Congresso Nacional, em que se costuma dar uma trégua nos
assuntos envolvendo a política, é de se esperar um período conturbado para o
governo, caso o ministro não apresente provas robustas de que tenha operado
dentro da legalidade. É preciso aguardar o desenrolar dessas denúncias para se
ter um juízo de valor a cerca da conduta do ministro, que poderia, em tese, ter exercido
tráfico de influência, pela perspectiva de acesso ao Poder, através da ligação
pessoal que o une à Dilma.
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