sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

A agonia de Carlos Lupi

Por Damião Gomes

O ministro Carlos Lupi, do Trabalho, parece estar perdendo a capacidade de reagir ao bombardeio da mídia, que tem sido implacável com o pedetista na apresentação de novas e sistemáticas denúncias de corrupção a que estaria diretamente envolvido.

Não bastasse a forte cobertura que a imprensa está dando ao assunto, a Comissão de Ética do governo, à sua unanimidade, recomendou à presidenta Dilma Rousseff a exoneração do ministro, sob a alegação de que há indícios muito fortes de seu envolvimento nas denúncias ora apresentadas. A Comissão, portanto, não se convenceu das explicações dadas por Carlos Lupi, nas Comissões da Câmara e do Senado, em que ele nega com veemência todas as acusações que vêm sendo divulgadas na grande imprensa, atribuindo a “interesses contrariados” o desejo de vê-lo fora do governo.

Pelo perfil da presidenta, não é difícil perceber que a situação do pedetista tem causado desconforto ao governo, que desejaria vê-lo pedir exoneração, para poupar a petista desse dissabor, e preservar o PDT na aliança que ora governa o Brasil.

De igual modo, também não é difícil perceber quão incomodado está o PDT, partido do ministro; que, através de seus principais líderes, já se nega a emprestar apoio incondicional para o ministro Lupi permanecer no cargo.

É certo imaginar que a presidenta Dilma Rousseff está aguardando, apenas, o momento oportuno para promover a substituição do ministro; dando ao partido a oportunidade de fazer a indicação do sucessor de Carlos Lupi, na Pasta do Trabalho. Essa substituição ocorreria somente no início do próximo ano, quando a presidenta cogita da possibilidade de promover uma reforma no seu ministério.

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