quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Denúncia de corrupção paira sobre Brasília

Por Damião Gomes

Brasília se vê mais uma vez envolvida em denúncias de corrupção a pouco menos de dois anos de ter vivido a pior crise política e moral de toda a sua existência, em que foi desbaratado um forte e organizado esquema de desvios de dinheiro público, que levou à prisão e renúncia do então chefe do Executivo do Distrito Federal, José Roberto Arruda. À época, dizia-se que era preciso uma completa e radical renovação das forças políticas que governavam o DF há mais de uma década; e que naquele momento o Partido dos Trabalhadores era quem melhor expressava esse sentimento de mudança manifestado pela população local e auferido pelos vários institutos de pesquisas de opinião pública, que apontavam alto grau de insatisfação popular com a classe política local. Veio a eleição para governador em 2010, tendo a população confirmado o que as pesquisas apontavam, ou seja, elegendo o petista Agnelo Queiroz para o governo do Distrito Federal, que sinalizava com um plano de reconstrução ético-moral a ser implementado no primeiro ano de sua gestão, com foco na transparência e no combate sistemático à corrupção no serviço público.
Passados mais de dez meses de governo petista, ainda não se viu, em termos práticos, as ações radicais de combate a corrupção prometidas pelo então candidato Agnelo Queiroz, que agora se ver obrigado a esclarecer à sociedade e à Justiça, as pesadas acusações que lhe são imputadas à época em que comandava o Ministério do Esporte, no primeiro governo do Presidente Lula, cujas denúncias ensejaram cinco pedidos de instauração de processo de impeachment contra o governador, apresentados por partidos de oposição.
O governador Agnelo Queiroz tem rebatido as acusações apresentadas e diz confiar que a Justiça “restabelecerá toda a verdade, através de investigação isenta, que apontará os responsáveis pela montagem dessa grande farsa, praticada pela oposição”, pontuou. Enquanto isso, a população aguarda os esclarecimentos do governador Agnelo à Justiça para formar o seu juízo de valor a cerca do caso.

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