Brasília se vê mais uma vez
envolvida em denúncias de corrupção a pouco menos de dois anos de ter vivido a
pior crise política e moral de toda a sua existência, em que foi desbaratado um
forte e organizado esquema de desvios de dinheiro público, que levou à prisão e
renúncia do então chefe do Executivo do Distrito Federal, José Roberto Arruda.
À época, dizia-se que era preciso uma completa e radical renovação das forças
políticas que governavam o DF há mais de uma década; e que naquele momento o
Partido dos Trabalhadores era quem melhor expressava esse sentimento de mudança
manifestado pela população local e auferido pelos vários institutos de
pesquisas de opinião pública, que apontavam alto grau de insatisfação popular
com a classe política local. Veio a eleição para governador em 2010, tendo a
população confirmado o que as pesquisas apontavam, ou seja, elegendo o petista
Agnelo Queiroz para o governo do Distrito Federal, que sinalizava com um plano
de reconstrução ético-moral a ser implementado no primeiro ano de sua gestão,
com foco na transparência e no combate sistemático à corrupção no serviço
público.
Passados mais de dez meses de governo
petista, ainda não se viu, em termos práticos, as ações radicais de combate a
corrupção prometidas pelo então candidato Agnelo Queiroz, que agora se ver
obrigado a esclarecer à sociedade e à Justiça, as pesadas acusações que lhe são
imputadas à época em que comandava o Ministério do Esporte, no primeiro governo
do Presidente Lula, cujas denúncias ensejaram cinco pedidos de instauração de
processo de impeachment contra o governador, apresentados por partidos de
oposição.
O governador Agnelo Queiroz tem
rebatido as acusações apresentadas e diz confiar que a Justiça “restabelecerá
toda a verdade, através de investigação isenta, que apontará os responsáveis
pela montagem dessa grande farsa, praticada pela oposição”, pontuou. Enquanto
isso, a população aguarda os esclarecimentos do governador Agnelo à Justiça
para formar o seu juízo de valor a cerca do caso.
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