Nos últimos dias, a mídia local e
nacional têm dado espaço à especulações em torno de uma possível candidatura do
senador Cássio Cunha Lima ao governo da Paraíba, nas eleições de outubro
próximo, a pretexto de garantir um palanque forte ao pré-candidato do PSDB à
Presidência da República, senador Aécio Neves. Como disse, são especulações que têm causado
uma certa inquietação na classe política paraibana, principalmente no grupo que
atualmente governa o Estado, liderado pelo governador Ricardo Coutinho, do PSB,
que já está em plena campanha à reeleição, de cuja eleição Cássio fora o
principal artífice, em 2010.
É certo que essa indefinição de
Cunha Lima está associada à aplicabilidade da Lei da ficha Limpa, que na
interpretação de alguns juristas consagrados o senador tucano estaria
inelegível em 2014. Dessa forma, Cássio estaria aguardando o melhor momento
para definir seu apoio a um dos pré-candidatos já lançados com o firme
propósito de se preparar para a disputa do governo do Estado ao término de seu
mandato no Senado Federal, que expira em 2018. Nesse contexto, não seria
prudente por parte do líder campinense precipitar os fatos se lançando à
disputa neste ano, correndo o risco de uma decisão desfavorável por parte da
Justiça Eleitoral.
Em havendo dúvida quanto a sua
elegibilidade Cássio não se atiraria ao precipício, e certamente, buscaria uma
alternativa que não lhe pusesse obstáculo na sua pretensão de voltar a governar
o estado da Paraíba, em 2018. Ao que parece essa alternativa passa pelo apoio à
reeleição do socialista Ricardo Coutinho, que, em tese, estaria livre para
retribuir esse apoio ao tucano. É provável que uma definição do senador quanto
a ser ou não candidato ao governo do Estado em outubro não ocorra num curto
prazo, levando-se em consideração a sua vasta experiência política e outras
condicionantes que ainda precisam ser esclarecidas pelo Judiciário.
Como os acordos políticos nem
sempre são respeitados, permanecer no grupo do atual chefe do Poder Executivo
paraibano, Ricardo Coutinho, parece ser o caminho mais viável para o filho de
Ronaldo Cunha Lima pavimentar sua volta ao governo do Estado mais adiante. Pois, dificilmente haveria alguém no grupo do governador com cacife eleitoral forte o suficiente para ameaçar o projeto de Cássio. É esperar para ver.
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