Especula-se nos bastidores que a
presidenta Dilma Rousseff estaria propensa a promover uma ampla reforma
ministerial a partir de fevereiro próximo, aproveitando a oportunidade para
substituir os auxiliares que têm pretensões de concorrer às eleições municipais
do ano que vem; e, ainda, no bojo desta reforma, aproveitaria para reduzir o
número de Ministérios e Secretarias, com o objetivo de reduzir gastos e
aumentar a eficiência da máquina pública.
Diante da possibilidade cada vez
mais concreta dessa reforma sair, partidos e lideranças políticas estariam se
articulando nesse período de recesso parlamentar do Congresso Nacional para
manterem e/ou ampliarem seus espaços na Esplanada dos Ministérios; e, assim,
continuarem dando as cartas nas votações mais importantes na agenda do Parlamento,
que tem se ocupado muito mais de apreciar as Medidas Provisórias encaminhadas
pelo Executivo do que exercer o papel de fiscalizar os atos e ações do governo,
conforme estabelece a Constituição Federal.
É ferrenha a luta que os
principais partidos da base de sustentação do governo, à frente PT e PMDB, têm
empreendido para ocupar cada vez mais espaço numa possível reforma ministerial,
sem abrir mão de perder o espaço conquistado por cada um deles por ocasião da
montagem do governo da petista Dilma Rousseff; e de olho em Ministérios com
orçamentos robustos, que estão nas mãos de políticos aliados, a exemplo do Ministério
das Cidades, dos Transportes e do Trabalho, cujos titulares estejam com
desempenho aquém do esperado ou que tenham a pretensão de se candidatar no
pleito municipal de 2012, cuja desincompatibilização teria necessariamente de ocorrer
em abril; neste caso haveria apenas a antecipação da saída destes auxiliares.
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