terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Reforma ministerial à vista

Por Damião Gomes

Especula-se nos bastidores que a presidenta Dilma Rousseff estaria propensa a promover uma ampla reforma ministerial a partir de fevereiro próximo, aproveitando a oportunidade para substituir os auxiliares que têm pretensões de concorrer às eleições municipais do ano que vem; e, ainda, no bojo desta reforma, aproveitaria para reduzir o número de Ministérios e Secretarias, com o objetivo de reduzir gastos e aumentar a eficiência da máquina pública.

Diante da possibilidade cada vez mais concreta dessa reforma sair, partidos e lideranças políticas estariam se articulando nesse período de recesso parlamentar do Congresso Nacional para manterem e/ou ampliarem seus espaços na Esplanada dos Ministérios; e, assim, continuarem dando as cartas nas votações mais importantes na agenda do Parlamento, que tem se ocupado muito mais de apreciar as Medidas Provisórias encaminhadas pelo Executivo do que exercer o papel de fiscalizar os atos e ações do governo, conforme estabelece a Constituição Federal.

É ferrenha a luta que os principais partidos da base de sustentação do governo, à frente PT e PMDB, têm empreendido para ocupar cada vez mais espaço numa possível reforma ministerial, sem abrir mão de perder o espaço conquistado por cada um deles por ocasião da montagem do governo da petista Dilma Rousseff; e de olho em Ministérios com orçamentos robustos, que estão nas mãos de políticos aliados, a exemplo do Ministério das Cidades, dos Transportes e do Trabalho, cujos titulares estejam com desempenho aquém do esperado ou que tenham a pretensão de se candidatar no pleito municipal de 2012, cuja desincompatibilização teria necessariamente de ocorrer em abril; neste caso haveria apenas a antecipação da saída destes auxiliares.

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